
Em janeiro de 2020, tive a oportunidade de conhecer Israel. Eu, sinceramente, não achava que realizaria esse sonho tão cedo, mas o Senhor abriu as portas e pudemos passar 5 dias lá. Durante a viagem, a Ieda me pediu para escrever um texto compartilhando um pouco de como foi. Com um pequeno atraso de 11 meses, divido aqui algumas coisas que ficaram fortes no meu coração depois dessa viagem.
Inicialmente, gostaria de destacar que Israel é diferente de todos os lugares que já estive. A língua, o povo, a comida e, principalmente, a junção de “mundos” é inexplicável. É verdadeiramente uma experiência única.
Hoje (11 meses depois) refletindo sobre a viagem, não tenho dúvidas do que mais me marcou nessa experiência: a certeza de que Jesus existiu. Parece simples e definitivamente não é preciso ir à Israel para crer nisso. Mas, estando lá, essa realidade se tornou ainda mais palpável para mim. Eu vi as paisagens que Ele viu. Eu andei por onde Ele andou. Eu conheci a cidade onde Ele cresceu. Vi resquícios da Sinagoga que Ele frequentou. Toquei na água do Rio Jordão, onde Ele se batizou. Andei por Cafarnaum. Me sentei no Monte das Oliveiras. Conheci o Mar da Galileia. Estive no deserto da Judeia.
Lógico que hoje, 2000 mil anos depois, muita coisa mudou e não é possível afirmar qual foi o local exato de cada acontecimento bíblico. Mas, irmãos, quando eu contemplava as paisagens naturais me dava conta de que Ele, Jesus, o Cristo, também contemplou paisagens assim. Quando eu tomava suco de Romã refletia se Jesus também não teria comido essa fruta. Quando via o Mar da Galileia me dava conta de que foi ali que Ele operou tantos milagres. Quando eu estava no Monte das Oliveiras pensava que nesse mesmo espaço geográfico Jesus ora para que Deus afaste dEle o cálice.
Nesse período próximo ao Natal, fico ainda mais maravilhada do quão grande é isso. Deus enviou seu filho ao mundo em forma de menino. Uma mulher deu à luz ao filho de Deus em Belém, uma cidade que existe. Ele cresceu e se desenvolveu em Nazaré, uma cidade que também existe. Desenvolve seu ministério ao redor do mar da Galileia, que também existe. Quão grandioso é isso!
A fim de ilustrar melhor, separei algumas fotos dessas paisagens:

Mar da Galileia. Foto tirada quando estive em Cafarnaum.

Deserto da Judeia, onde João Batista se preparou para sua missão.

Jumentinhos que encontramos pelo Deserto da Judeia. É incrível pensar que em um jumentinho como esse o Filho de Deus entrou em Jerusalém (Mateus 21).

Jardim da Tumba, um dos possíveis locais do sepultamento e ressurreição de Jesus. Quando estávamos lá um grupo brasileiro (que nós não conhecíamos) começou a cantar o louvor “Porque Ele vive, posso crer no amanhã”, foi um momento muito especial.

Monte das Oliveiras.

Rio Jordão, onde Jesus foi batizado.
Além disso, outra coisa ficou muito forte no meu coração: o Evangelho não está preso a culturas. Aleluia! Israel atrai pessoas de todos os lugares do mundo, eu nunca tinha visto tantas nacionalidades diferentes em um mesmo país. Em todos os passeios, esbarrávamos com pessoas de todos os cantos do mundo. No local onde possivelmente Jesus proferiu a Oração do Pai Nosso isso ficou ainda mais claro para mim. Lá eles colocaram a Oração nas mais diversas línguas (mais de 152). Uma dessas línguas foi o aramaico, a língua que Jesus falava (eu nunca tinha me dado conta disso) e por meio da qual proferiu a Oração.




É maravilhoso ver como o Evangelho tem alcançado todas as nações. Europeus, americanos, asiáticos e africanos, TODOS servindo ao único e verdadeiro Deus.
Outra experiência marcante nesse sentido foi quando estávamos no Rio Jordão (onde Jesus foi batizado). Enquanto estávamos lá dois homens foram batizados juntos. Um africano e um europeu. Eles não falavam a mesma língua, tinham aparências e culturas opostas. Contudo, a partir daquele momento, passaram a fazer parte do mesmo Reino. Quando saíram das águas se abraçaram, o africano foi recebido de forma calorosa pelo seu grupo e o europeu de uma forma mais reservada (como esperado de cada cultura). Testemunhando isso estava eu e minha família, mais uma cultura. Eram 3 continentes distintos, pessoas que nunca se viram antes e provavelmente nunca mais se verão na vida terrena. Mas, ao mesmo tempo, seguiam o mesmo (e único) Deus.
Ter demorado para escrever o texto trouxe uma vantagem, pude refletir melhor sobre a viagem ao longo do ano e posso afirmar que minha fé foi fortalecida. Que nesse fim de ano não nos esqueçamos de que um menino verdadeiramente nasceu em Belém. As profecias se cumpriram. O filho de Deus veio e, como cordeiro perfeito e sem mácula, tirou o pecado do mundo. Glória a Deus nas alturas!
“E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.” Mateus 2:1-2
Feliz Natal!
Com amor,
Júlia Brito

Eu com os meus pais e minha irmã.
Que lindo e emocionante texto! Obrigada! Amei!