Meu nome é Aline, tenho 17 anos e moro em Brasília com meus pais e minha irmã. Nesse texto, quero compartilhar com vocês algumas coisas que tenho experimentado nesses dias de isolamento.
Vou começar falando sobre o ano passado. Em 2019, vi e passei por coisas que nunca imaginei que aconteceriam comigo. Tive os meus pais internados em hospitais, passando por cirurgias e lutando contra doenças inesperadas. Nessas horas, os primeiros sentimentos que vêm são o desespero, o medo e a desesperança. Eu achei que tudo havia acabado, que iria perder meus pais. Mas Deus foi me mostrando a cada dia dessa jornada que Ele estava comigo, cuidando de tudo e, mesmo se as coisas saíssem do meu controle, nada saía do controle dEle.
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente nas tribulações.” Salmos 46: 1
Isso também se aplica ao que estamos vivendo hoje com essa pandemia. Às vezes é difícil ver Deus em uma situação como essa. A ansiedade, a solidão, o medo e a depressão começam a tomar conta da nossa mente e do nosso coração. Mas isso não pode acontecer! A nossa confiança deve estar em Deus.
“…tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Filipenses 4: 8.
Os nossos olhos devem estar fixos no que é eterno. Olhar para a situação e para tudo o que está acontecendo só traz desesperança. Sofrimento, aflição, lutas e dificuldades não são nada comparados ao que Deus está preparando para aqueles que O amam. Isso tudo só dura um momento.
“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.” 2 Coríntios 4: 16-18.
As tribulações também são boas, pois formam em nós o caráter de Cristo e produz perseverança, paciência, esperança e confiança em Deus. Jesus já tinha avisado que passaríamos por aflições no mundo, mas também nos trouxe uma palavra de ânimo: “Eu venci o mundo!” A quarentena tem sido uma oportunidade para pensarmos o que estamos priorizando no nosso dia a dia e se estamos valorizando muito as coisas terrenas. Deus está nos dando mais uma chance para estarmos mais perto dEle, falarmos mais com Ele, lermos mais a Bíblia. Não podemos mais viver em “mornidão”, devemos nos entregar totalmente dedicar a nossa vida a Ele, colocando o Seu Reino em primeiro lugar. Nesse tempo, devemos nos encher da Palavra e do Espírito Santo e buscar ser mais parecidos com Jesus para que, quando isso tudo acabar, possamos ter fortes barreiras contra o mundo e sermos influência na vida das pessoas. Devemos nos vestir com toda a armadura de Deus.
“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.” Efésios 5: 15-17
Devemos nos alegrar nesse tempo, sermos amáveis, praticar a generosidade e o contentamento. E, mesmo em isolamento, devemos ser sal e luz, mostrando em tudo que somos discípulos de Jesus e servos de Deus.
“regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes” Romanos 12: 12
Nós temos alegria por causa da esperança que temos em Cristo, que um dia voltará para buscar todos aqueles que O amam. Devemos estar preparados para essa volta, que está perto de acontecer. Depois que estivermos com Jesus, todo o sofrimento e as aflições que passamos aqui na terra não vão ser nada, pois estaremos para sempre com o nosso Pai, no lugar que Ele preparou para nós.
“Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam.” 1 Coríntios 2: 9
Ele nos ama e quer que nós O amemos de volta. Nós vamos perder essa chance?
Por Aline Mesquita
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