Oii :)
me chamo Ana, moro em Porto Alegre – RS, e sou casada com o Diulian. Somos discípulos de Jesus e congregamos na Comunidade em Canoas. Casamos em março de 2020 e logo depois criei uma página no Instagram que se chama @vivendolar, onde passei a compartilhar um pouco das minhas vivências com Cristo no meu novo lar, agora como esposa. Esse IG tem o objetivo de edificar a vida de outras mulheres que assim como eu, desejam fazer do seu lar um lugar onde Jesus é bem-vindo, coroado e pessoas são amadas. Lá eu também compartilho um pouco da minha busca por uma alimentação mais saudável e também minhas leituras.
Esse ano, tive o prazer de conhecer uma mulher que mudou a minha vida, pelo impacto que causou. Ela já está na glória com Cristo, mas deixou um legado que me marcou profundamente. Ela é a autora do livro “O Refúgio Secreto”. Você sabe de quem eu estou falando? Corrie ten Boom. Essa mulher impactou minha vida de uma forma tremenda. E o que ela fez? Permaneceu fiel a Cristo frente as terríveis adversidades durante o período de perseguição nazista. Ela não amou a si mesma, antes entregou-se àquele que julga retamente (1Pedro 2:23). Corrie e sua família vislumbravam o galardão eterno e não as momentâneas tribulações. A família ten Boom nos ensina que "nenhum poço é tão profundo que Ele não possa alcançar. Com Jesus, mesmo nos momentos mais difíceis e sombrios, o bem permanece, e o bem maior há de vir."
Quando Deus está no comando de nossas vidas, não existe o acaso, existe PROPÓSITO. Não existe "ah, mas e se?". Só existe a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Não há lugar para dúvidas, só há lugar para a certeza de que TODAS as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Romanos 8:28-29). Qual propósito? Sermos conforme a imagem do Seu Filho, Jesus Cristo.
Espero que essa pequena biografia da nossa querida Corrie impacte sua vida, e desperte a curiosidade de conhecer ainda mais a história dessa mulher e sua família que marcaram gerações.
“Minha vida é como uma tapeçaria entre mim e meu Deus, não escolho as cores com as quais Ele está constantemente tecendo. Com frequência Ele tece a tristeza; e eu, em orgulho insensato, esqueço que Ele vê a parte de cima, e eu a de baixo.”
Corrie ten Boom
Você já ouviu falar de Corrie ten Boom? Você sabe quem ela foi e o que representou para a sua geração e ainda, em nossos dias, representa?
A conhecemos como Corrie ten Bom, mas seu nome de batismo é Cornelia Arnolda Johanna Ten Boom. Corrie nasceu no dia 15 de abril de 1892 em uma família cristã , em Amesterdã, Holanda, a caçula de quatro irmãos. Pouco tempo depois de seu nascimento, Corrie e sua família se mudaram para Haarlem, Holanda. Seu pai era relojoeiro, e sendo assim, Corrie e sua irmã Betsie também trabalhavam na relojoaria de seu pai. Corrie começou a aprender o ofício em 1920 e, após dois anos, tornou-se a primeira mulher relojoeira licenciada na Holanda.
Corrie e Betsie
Corrie e sua irmã Betsie nunca se casaram, porém dedicaram seus anos ao Senhor, servindo a sua família e comunidade local.
No ano de 1939, inicia-se um período sombrio sobre o mundo inteiro, tempo de guerra, tempo de muito sofrimento e de muitas perdas: a segunda guerra mundial. Em 1940 o governo nazista invade a Holanda e em 1942 Corrie e sua família tornam-se ativos na Resistência Holandesa contra o domínio nazista. O irmão de Corrie, pastor de uma igreja no interior, foi o primeiro da família a se envolver no movimento de Resistência ao nazismo. Pouco tempo depois, seus pais e irmãs também aderiram e passaram por extensos treinamentos para aproveitarem a fachada da relojoaria e esconder judeus perseguidos.
Uma passagem secreta foi construída atrás do guarda-roupas de Corrie, onde escondiam até seis judeus durante as inspeções nazistas que aconteciam nas casas. Corrie se tornou uma das líderes do movimento ajudando a realocar diversos judeus para esconderijos que fossem seguros. Estima-se que esse grupo de residência do qual a família Ten Boom fez parte, ajudou a salvar cerca de 800 judeus.
Em fevereiro de 1944, após uma denúncia, o exército nazista prende um grande grupo de pessoas da resistência, incluindo a família Ten Boom. Seis judeus estavam escondidos na passagem secreta e não foram descobertos. Permaneceram mais três dias no esconderijo e depois disso foram resgatados por outros membros da resistência.
Casper ten Boom, o patriarca da família, morreu apenas 10 dias depois de sua prisão, aos 84 anos, como prisioneiro do campo de concentração em Scheveningen.
Corrie e sua irmã Betsie passaram os 10 meses seguintes em três prisões diferentes, até serem encaminhadas ao temido campo de concentração de Ravensbruck, onde realizaram um trabalho de evangelismo nos alojamentos femininos pelos quais passaram, levando esperança em meio a dor, a fome e ao medo. Durante as reuniões secretas dentro dos alojamentos muitas mulheres entregavam suas vidas ao Criador dos céus e da terra, e ali tinham suas almas salvas para sempre. A infestação de pulgas no local, impedia que as guardas adentrassem os alojamentos, permitindo assim maior liberdade para a proclamação do evangelho.
" Por fim, Betsie ou eu abria a bíblia. Como apenas as holandesas entendiam o texto lido, traduzíamos em voz alta para o alemão e, então escutávamos as palavras de vida sendo transmitidas pelos corredores em francês, polonês, russo, checo e holandês. Aquelas noites eram como vislumbres do céu. "
Betsie estava muito doente e não resistiu aos maus tratos, a fome e o frio do inverno alemão. Corrie foi libertada 10 dias após a morte de sua irmã e amiga de uma vida inteira. Anos depois Corrie descobre que sua liberação aconteceu por um erro administrativo e que uma semana após a sua soltura, todas as mulheres de sua idade foram executadas em Ravensbruck.
Logo depois da guerra, Corrie fundou centros de reabilitação para ajudar os sobreviventes do Holocausto e recebeu a honrarias de “Heroína de Guerra” da rainha da Holanda. Aos 53 anos começou um ministério mundial que a levou a percorrer mais de 60 países testificando do amor e do poder do perdão de Cristo, e sempre proclamando “Jesus é Vencedor”.
Corrie faleceu exatamente no dia do seu aniversário, no dia 15 de abril de 1983, com 91 anos de idade, mas deixou marcas profundas por onde passou, e até os nossos dias segue impactando gerações e tocando corações com suas palavras de amor, perdão, redenção e salvação. Corrie vivia com os olhos na eternidade. Ela sabia para onde estava indo e sabia que nada estava fora do controle de Deus, pois como sua irmã Betsie sempre dizia, não existe "se" quando Deus está no comando.
“Nenhum poço é tão profundo que Ele não possa alcançar. Com Jesus, mesmo nos momentos mais difíceis e sombrios, o bem permanece e o bem maior há de vir.” - Corrie ten Boom
Com amor, Ana Mankowski
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