Olá! Sou Debbie, de 47 anos, nascida em Brasília, de sangue norte-americano. Casada há 20 anos (completo semana que vem), com Maurício. Temos Aline (17 anos) e Larissa (14 anos).
Quando ainda não tinha filhos, lembro-me de que pensar no processo de ser mãe me dava um certo frio na barriga, mas entendia como algo que fazia parte da vida, não podia pular esta etapa. Eu tive muitos bons exemplos e conselhos a seguir, e isto me deu mais segurança. Meu primeiro desafio para ser mãe seria o físico (por conta da minha pressão alta). As opções que alguns médicos me deram foi de parto normal com fórceps, ou me internar no 7º mês no hospital público especializado. Acabei em um terceiro médico que me tranquilizou com um acompanhamento bem de perto. Além disto, O Senhor revelou por meio de um irmão que haveriam lutas, mas no final o Senhor concederia a vitória. E concedeu mesmo. Após o parto, conforme o médico havia previsto, Aline ficou 20 dias na UTI, por ter nascido com 1,5 kg. Eu recebi alta depois de uma semana, mas me lembro de um dia olhá-la na incubadora e ouvir o Senhor me perguntar, se eu estava disposta a entregá-la em Suas mãos. Eu respondi que sim, ainda que fosse difícil.
Nestes primeiros meses como mãe, Deus me ensinou uma grande lição de amor. Quando olhava pra Aline e via o quanto ela dependia de mim, em cada detalhe, Deus me mostrou que o amor e cuidado d´Ele por nós é infinitamente maior.
Foram meses bem desgastantes fisicamente. Porém, enquanto passava por isso, eu não sentia. Só depois que lembrava que Aline não mamava, e eu tinha que ordenhar de 3/3 horas e alimentá-la por uma seringa nos primeiros três meses. Além de tudo, Maurício teve que voltar ao trabalho neste período. Lembro-me do cansaço, mas vejo o quanto Deus nos sustentou e fortaleceu.
Um versículo que sempre me encorajou foi I Tm. 2:15: “Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação”. Entendi que o Senhor queria me ensinar muito mais ao ser mãe, do que a minha filha estava aprendendo.

Antes da segunda gravidez, o médico alertou que seria uma gravidez de maior risco, pois eu já estava mais velha, continuava tomando remédios para o controle da pressão e tudo o mais. Ainda na gravidez o Senhor me deu o versículo de Dn. 2:20-21, “Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria e o poder a Ele pertencem. Ele muda as épocas e as estações…”
A Larissa veio como um refrigério, um descanso. O parto foi tranquilo e ela logo veio para o quarto e mamou com vontade. Em casa, a rotina de chorar, mamar, tomar banho e dormir era um consolo após a primeira experiência. Porém, ao quinto dia, ela de repente parou de chorar e de mamar. Nós a levamos para o hospital, e novamente Deus me perguntou se eu estava disposta a entregá-la. Neste momento até lembrei que já tinha feito a laqueadura, mas respondi que sim. Após o exame de sangue descobrimos que era icterícia.
Passados os desafios físicos, logo senti a necessidade de ensiná-las a amar a Deus acima de tudo. Uma grande tarefa que demanda a minha vida como exemplo. Dou graças a Deus por um marido e pai muito participativo e incentivador e avós muito amáveis. As dificuldades não foram poucas, sendo a constância e perseverança sempre o motivo da luta maior. A participação da igreja foi essencial, e também o jejum e oração constantes. Além disso, confio que Deus vai fazer e completar o que não sou capaz.
No ano passado, enquanto estava na UTI, tive um momento em que achei que seria o último e pensei logo nas meninas, mas fiquei em paz, pois sabia que elas O tinham como Senhor da vida delas. Dou graças pelo privilégio de experimentar o que é ser mãe.
Nossa família! Presente de Deus!
Debbie
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